Prazo
para que empresas passassem a operar com novo sistema era janeiro deste ano mas
foi prorrogado para o início de 2013
As
empresas ganharam mais tempo para implantar a Escrituração Fiscal Digital (EFD)
Contribuições. O prazo para que as empresas passassem a operar com o novo
sistema era, originalmente, em janeiro deste ano. O prazo foi alterado para
julho e agora, atendendo a um pedido da Federação Nacional das Empresas de
Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e
Pesquisas (Fenacon), a Receita Federal aprovou novo adiamento para 1º janeiro
de 2013. A Instrução Normativa 1.280, foi publicada no Diário Oficial do dia
16.
Para
o presidente do Sescap de Londrina, Marcelo Odetto Esquiante, o adiamento é uma
conquista importante para o setor produtivo. ''As empresas ainda estão se
adaptando aos novos sistemas e precisam de mais tempo para aderir ao EFD. Mas
mesmo com o adiamento, as empresas têm de correr para fazer as mudanças
necessárias para não deixar para a última hora. A adequação é um processo lento
e trabalhoso'', alerta o presidente da entidade.
A
situação se torna mais complicada para as empresas porque, com o novo prazo, e
se não houver novas mudanças, a implantação do EFD Contribuições e do EFD
Social, mais conhecido como Sped Folha deverão acontecer ao mesmo tempo - ambos
em janeiro do próximo ano.
O
ideal, defende Esquiante, é que o cumprimento desta obrigação tivesse um
cronograma progressivo de inclusão, por faixa de faturamento. ''A realidade
digital é um mundo novo para a maioria das empresas, principalmente para as de
pequeno e médio porte. Um cronograma progressivo daria tempo para que elas se
acostumassem aos novos procedimentos e exigências'', argumenta.
O
problema, no entanto, não é só de prazo. Esquiante acrescenta que a demora das
empresas em se adaptar ao EFD Contribuições se deve, também, à despreocupação delas
com o processo. Ele explica que muitos empresários não compreendem que todas as
informações que a contabilidade necessita para cumprir as novas exigências
precisam ser geradas e organizadas dentro da própria empresa. Para que isto
aconteça, afirma ele, as equipes precisam passar por treinamento e os
procedimentos têm de ser parametrizados.
''O
escritório de contabilidade pode ajudar com assessoria, mas a responsabilidade
de recolher e organizar as informações é da empresa'' ressalta. Cursos e palestras
sobre o tema, voltados para formação das equipes fazem parte da programação das
entidades que representam o setor produtivo desde que o governo divulgou as
novas regras. O Sescap de Londrina, por exemplo, já realizou vários eventos
para esclarecer e orientar sobre a implantação do EFD Contribuições, muitas
vezes gratuitos. E um dos compromissos assumidos pelo presidente da Fenacon,
Valdir Pietrobon com a Receita Federal é justamente intensificar as ações
voltadas a conscientizar o setor sobre a necessidade de investir em gestão.
''Isso
é mais um serviço do Sistema Fenacon não apenas às empresas contábeis, mas,
principalmente aos empresários brasileiros. Conscientizá-los da importância de
estarem preparados agora, para que, em janeiro, todas as exigências estejam
cumpridas'', disse Pietrobon.
O
presidente da Fenacon também reforça que é indispensável que os profissionais
de contabilidade conversem e instruam seus clientes. ''Investimentos em gestão,
fazendo uso da contabilidade como ferramenta para tal, é a solução de muitos
dos eventuais problemas que possam surgir'', afirma Valdir. ''Infelizmente, até
agora, tem sido poucas as empresas que se preocuparam em preparar suas equipes
e em adequar seus procedimentos para cumprir todas as exigências do sistema. E
se isto não mudar, este novo adiamento também pode acabar não sendo o
suficiente'', complementa Esquiante.
Fonte:
Sescap-Ldr
Nenhum comentário:
Postar um comentário